quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Relações e ralações das relações (post para me lembrar a sorte que tenho sempre que reclamo com o namorido)

Todos os dias, tanto em conversas com colegas de trabalho (mulheres), como com amigas, e até com clientes  também mulheres, vem à baila o assunto "os homens em casa não ajudam nada". Em todas as conversas há sempre aquelas mulheres que se queixam muito dos respectivos maridos/namorados ou o que seja. As queixas que mais ouço são:

- Ele não ajuda nada, não limpa, não cozinha, não trata das crianças, não acorda de noite porque os filhos estão doentes, não trata do gato, do cão, do periquito e etc.; 
- Está sempre a jogar playstation e só se levanta para comer e se tiver muita fome;
-Não reclama de nada mas também não ajuda.

...mas ultimamente há sempre alguém que tem outro tipo de queixas:

- Dar satisfações e justificações de tudo e mais alguma coisa, principalmente onde gastou x dinheiro. 
- Desconfianças da parte dele sempre que ela se atrasa 1 minuto;
- Desprezo pelo trabalho da mulher. Se limpou, arrumou, cozinhou, deu de comer às crianças, deu-lhes banho, deitou-as, tratou das coisas para o dia seguinte, deitou-se às quinhentas e levantou-se não sei quantas vezes porque o bebé chorou, e se às 6h da matina já está a pé outra vez porque é dia de trabalho e ainda à roupa para estender e outra para apanhar da corda antes de sair de casa, fez tudo porque é mulher e é sua obrigação. 

Ora, isto são idiotices para me deixar deveras abespinhada. Se há coisa que eu não suporto é machismo (nem feminismo, e todos os fundamentalismos sejam eles quais forem). Não suporto igualmente a ideia de o homem em casa ajuda. É pá, por favor! Se vivem na mesma casa, partilham uma vida então partilham tudo. Sejam tarefas domésticas, contas, gastos, compras, filhos. Partilham! não é obrigação de um ou de outro é dos dois. 
Depois há a confiança e, normalmente, aqui é que a porca torce o rabo. Não confiam onde se gastou o dinheiro, estão sempre a reparar se ela comprou uns sapatos, ou outra coisa qualquer, mesmo até para os filhos. Se os zeros na conta diminuem a culpa é delas. Este exemplo foi dos últimos que ouvi. Há também a confiança na fidelidade da companheira, e esta quando não existe pode transformar-se numa doença.

Agora, há o meu exemplo, sobre o qual eu já nem comento com ninguém pois parece que sou um ET ou então não acreditam. Sei que existem mais exemplos como o meu, porque os conheço, mas efectivamente são poucos quando comparados.
A pessoa com quem partilho a minha vida é o oposto de tudo o que acima relatei e, só para o caso de no meio de um dos nossos arrufos eu ferver em pouca água e ralhar com ele só porque não colocou a roupa suja no cesto e a deixou no bidé, vou nomear algumas das coisas que o namorido faz sem que seja preciso eu pedir (coisa que eu nunca faria, acho simplesmente inconcebível, mais depressa o mandaria dar uma valente volta):

- Faz o jantar todos os dias (chega mais cedo a casa que eu);
- Lava a loiça do jantar enquanto eu trato da roupa e preparo as coisas para o dia seguinte;
- De manhã prepara sempre o pequeno almoço para os dois enquanto eu tomo banho;
- Arruma a mesa do pequeno almoço e lava o que se sujar se ainda tiver tempo;
- Ao fim de semana limpezas. Ele começa numa ponta eu na outra. Devo referir que lava sempre a casa de banho que é só a coisa que eu mais detesto fazer;
- Acorda sempre bem disposto e respeita o meu mau humor matinal, não fala comigo e dá-me sempre um beijo quando o despertador toca;
- Não me troca por jogo nenhum de futebol, nem passa horas em frente à playstation enquanto eu trato de tarefas domésticas. Os jogos e tudo o resto é para as horas livres de tarefas, para quando não há nada para fazer, para relaxar porque também faz bem.
- Nunca me perguntou porque gastei x dinheiro nem onde. Se o fiz é porque precisava ou porque me apeteceu. Conhece-me e confia em mim o suficiente para saber que não iria gastar o que tanto me custa a ganhar mal gasto. O mesmo se passa comigo em relação a ele.
- Se há uma compra de valor maior seja para a casa ou para um fim pessoal falamos um com o outro sem dramas nenhuns e chegamos sempre a acordo se vale a pena ou não investimento;
- Nunca passa a roupa a ferro, odeia fazê-lo, mas também não liga se eu o faço ou não. Para ele "o calor do corpo passa", palavras dele.

Tudo o que fazemos é em família  Partilhamos a vida sem nos darmos conta. Para nós não faz sentido de outra forma, nem o conseguiríamos fazer de outra forma.
É verdade que não estamos sempre de acordo em tudo, também discutimos claro, mas resolvemos sempre. Confiamos e respeita-mo-nos muito. Quando isto deixar de acontecer cada um seguirá o seu caminho.

Para mim a base de uma relação está na confiança e no respeito mútuo, quando não existe há sempre alguém que se anula e vive infeliz. Há sempre alguém que "vai levando", como já ouvi. É infeliz e sofre.
É isto que eu não entendo. Como é que em pleno século XXI ainda há gente da minha geração que vive assim?  E até gerações mais novas. Não percebo.









terça-feira, 13 de novembro de 2012

A quem é que se faz queixa da DECO?

Tenho à 2 dias um "querido" que me liga da DECO a tentar convencer-me a ser sócia da Proteste e C.ª. Diz ele que durante não sei quantos meses tenho 50% de desconto na mensalidade, que tenho vantagens nisto e  naqueloutro.
Ora então o diálogo foi assim:

DECO: " se aderir já hoje tem 50% de desconto na mensalidade durante x meses (já não me lembro quanto meses eram), e descontos nos serviços x, y, z ( também não me lembro, mas eram muitos entre dentista e coisas mais), mais apoio jurídico gratuito, mais blá blá blá..."
EU: "Então o melhor será enviarem essa informação por e-mail e se depois eu quiser o serviço entro em contacto convosco"
DECO: " pois mas não pode ser. Tem de fazer a requisição por telefone para poder beneficiar dos 50% de desconto e" blá, blá, blá....
EU: " Como? 
DECO: "Sim, para beneficiar de todas as vantagens tem de ser por telefone agora."
EU: "mas estão malucos ou quê? mas quem raio ainda aceita comprar serviços por telefone? isto é legal?" 
DECO: - "até agora temos tido excelente aceitação por parte das pessoas e toda a informação está disponível no nosso site que pode ler", e blá, blá, blá...
EU: "mas não deveriam ser vocês a alertarem as pessoas para não aceitarem nada sem ler muito bem lido e sem ter reflectido sobre o assunto, não deviam? Mas raio se passa para até aqueles que nos deveriam defender estarem a tentar impingir-nos tretas? Vocês são uma grande aldrabice, isso sim. 
DECO: "pois então se a senhora não está interessada, resta-me desejar-lhe um resto de uma boa tarde e se tiver alguma dúvida pode sempre consultar o nosso site."
EU: " Boa tarde."

E agora a quem é que eu me queixo da DECO?
Mas que grande aldrabice. Estou muito desiludida. Anda meio mundo a enganar outro meio.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Se és uma pelintra, porquê casar? E ainda por cima com um pelintra como tu?


Perguntaram-me porque raio me vou casar se estamos os dois numa situação precária e difícil no emprego.   Se já vivemos juntos então é deixar estar que estamos bem e não gastamos dinheiro. Exactamente assim neste modos. Fiquei boquiaberta com o comentário. Respondi que é uma decisão nossa e que não temos de explicar. A pessoa ainda ficou ofendida, enfim. 

Sou católica, fui catequista durante 10 anos e pretendo voltar a ser. Para mim, para nós, é muito importante casar pela Igreja e esta não precisa que eu seja rica para casar. Neste momento faz todo o sentido, aliás já o fazia à algum tempo mas por uma série de outras coisas que agora não interessam nada ainda não tinha acontecido. Neste momento queremos estar mais perto de Deus, queremos ser uma família cristã, e é isso que nos move. Não precisamos de dinheiro para isto.

NOTA: Podemos ser pelintras mas não devemos nada a ninguém e não falta tecto e comida na mesa. Aprendemos a viver com o que temos, assim jeito da Isabel Jonet.

A dois tudo é mais fácil

Estou a contar os dias para o desemprego, e a lutar todos os dias por um novo. Não desisto, eu vou conseguir. Estou doente e a trabalhar (para a mesma empresa que no fim do mês me vai atirar para a pior estatística deste país). O namorido também está numa situação difícil no emprego (Eng. Cívil pelas ruas da amargura...). Vamos casar dentro de 7 meses. Temos pouco dinheiro e não temos nada pensado nem ideia como vai ser. Não idealizei vestido nem festa. Será um casamento barato, simples e com poucas pessoas, bem ao meu/nosso jeito. 
As coisas não estão fáceis, mas vão melhorar, nós vamos conseguir. 
A dois tudo é mais fácil, tudo é melhor. 


quinta-feira, 8 de novembro de 2012

segunda-feira, 5 de novembro de 2012